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17.11.03

Pois... É verdade... GANHÁMOS!!!
Por: Pedro Guedes

 


Alberto Almeida/Câmara Oculta


MTV European Music Awards - Best Portuguese Act... BLIND ZERO!!!
É verdadeiramente, um prémio muito importante, não só para os Blind Zero, mas também para todos os artistas portugueses e para a música portuguesa em geral.
Para nós, este troféu representa um reconhecimento de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver.
Enfim já são quase 10 anos, de lutas, conquistas e principalmente de muita vontade para continuarmos a nos superar, passo a passo...
2003 foi um ano memorável para nós. Lançamos o "A Way To Bleed Your Lover" e o DVD, que representou um ano de intenso trabalho e prazer na sua concepção. Tivemos o previlégio de ter o Danna Colley e o Jorge Palma no nosso disco. A enorme aventura de realizar várias projecções que usamos ao vivo. Tantos bons momentos nos imensos concertos que fizemos este ano como por exemplo o inesquecível concerto do Sudoeste. A aventura de uma verdadeira volta a Portugal, a "Tour de Force". O regresso 7 anos depois em concerto á Antena 3 e os primeiros concertos em Itália. Para terminar 2003, a cereja no topo do bolo, a emoção e o orgulho de ganharmos o primeiro MTV EUROPE MUSIC AWARD...

Obrigado a todos os que nos apoiaram de uma forma tão intensa e que nos adoptaram como parte integrante das suas vidas, ao longo deste já longo percurso.



Fotografia gentilmente cedida por Alberto Almeida/Câmara Oculta

5.11.03

COMUNICADO
Por: Blind Zero



O grupo BLIND ZERO lamenta informar que, por razões alheias à banda, não irá realizar o concerto, hoje dia 5 de Novembro com a banda inglesa BLUR.

A razão prende-se com a coacção exercida pelos promotores do concerto, empresa Smog, no sentido de que a banda aceitasse abdicar do direito de autor que lhe são, pela realização desse mesmo espectáculo, devidos.

Os Blind Zero manifestam a sua total incredulidade, perante o facto de, com tal facilidade, se procurar negar aos artistas o que de mais inalienável decorre do seu direito autoral. E a sua mais completa perplexidade quando lhes é proposta uma quantia monetária a titulo de compensação "simbólica".

Não constituindo, infelizmente, caso único, não julgamos admissível tal situação, muito menos a 24 horas da realização do mesmo. Tanto mais que este espectáculo está a ser publicitado há várias semanas, com uso explicito (nomeadamente no cartaz do evento) do nome Blind Zero.

É com grande desgosto, que a banda vê toda esta situação, não só pelos motivos atrás descritos, mas também, pelo imenso prazer que teria em tocar com os Blur.

Agradecemos a divulgação deste comunicado.





28.10.03

Tour de Force: a quinta semana "Nostalgia"
Por : Miguel Guedes


15 Outubro - Setúbal

Alterações na Equipe :
Sai « Mário Pereira - Entra » - Nelson Carvalho (Tec. Som)

A última semana de “Tour de Force” é encarada, logo à partida, com alguma nostalgia. É a última. As saudades dos quartos duplos, a tristeza inerente à separação física do nosso próprio material depois de um concerto (ou seja, não mais carregaremos!), as pequenas/grandes distâncias para sítios no desconhecido...
Ainda mal refeitos da tempestade algarvia, já tudo isto passa pela nossa cabeça quando partimos para Setúbal.
O local aprazado para o concerto não é bem em Setúbal. Fica mais exactamente em Samouco (Alcochete). O bar chama-se Moinho da Praia e recebe-nos com chuva miudinha, quando a tarde do dia 15 se alongava para o chá das 5. É um espaço enorme (com piscina em miniatura) e diversas salas multifunção.
No exterior, um pequeno palco lembrava-nos que se fossemos idiotas poderíamos tocar à chuva pela segunda vez consecutiva. Inteligentemente, optamos pelo espaço com a pior acústica de toda a Tour. Era o mais pequeno espaço do complexo mas o som da sala não poderia ser pior.
As pessoas pareceram gostar mas não eram, de facto, as melhores condições para um concerto. Sem necessidade de sobrecarregar as bondosas almas presentes com um encore, despedimo-nos com o psicadélico (e naquele contexto, pica-miolos) “You in your Arms”. Hotel. Acordar. Rumo a ...



16 Outubro – Beja

Já sabíamos há alguns dias que o sítio onde este concerto se realizaria não era o previsto. O cartaz indicava Pandora, o que abria excelentes perspectivas à personificação da caixa. Mas a carrinha não parou ao ver, na estrada, a tabuleta com o nome “Beja”. Bem vindos ao mundo de “Pias”, a simpática localidade a 30 km de Beja que acolheu o antepenúltima passagem da “Tour de Force” pelo Portugal real. O Bar dá pelo nome de Lagar e é circundado por extensos pastos com ovelhas e fauna diversa, ao bom estilo do sonho rural. As pessoas recebem-nos com extrema simpatia e, desta vez, há palco. Alguém no Bar nos confidenciava que por ali haviam passado (salvo erro) as “Non-Stop”, tendo tocado cerca de meia hora, duração bem inferior ao tempo gasto ao espelho. Pois desta vez houve menos espelho e a coisa até correu bem. Voltamos a Setúbal para dormir já a madrugada anunciava o dia. O dia em que o fantasma de Hermínio Martinho voltou a assolar ...



17 Outubro – Santarém

Ninguém se lembra de Hermínio Martinho. O Engenheiro. E ninguém quer saber. É pena que assim se destrua um mito. O ex-líder do PRD, homem da terra que do alto dos seus esticados um metro e noventa levou o Eanismo à casa de todos é agora votado ao maior dos ostracismos. Ninguém quer saber. Nem eu. Mas perguntei! Rezam as crónicas que vacas suas haviam morrido afogadas numa inundação em Santarém. Sobraram os bois? A verdade é que o PRD virou à extrema-direita e o Hermínio partiu para outra. Bem haja.
A Discoteca chama-se Via In e é mesmo em Santarém. O jantar foi excelente e bem regado. A Via In é enorme. Mais um daqueles espaços que, à partida , julgamos nunca poder encher. Várias salas, snooker, terraço, e por aí acima. Fomos surpreendidos com flyers com o nosso nome em produção própria do espaço, o que indicava boa promoção ao evento. Com um palco altíssimo, foi um bom concerto. O camarim, no final, apresentava marcas de fim de Tour, com Marco e Elísio a assumir a liderança; mas o grande final estava guardado para a alquimia de ...



18 Outubro - Lisboa

Depois de termos passado por todo o País, esta era definitivamente a última noite da “Tour de Force”. Pode dizer-se que se aproximava o “carro vassoura” e a emoção do que já não mais iria ser aflorava a pele. O concerto da Antena 3 na terça-feira que estava para vir não era mais que um significativo “plus”. Estávamos cansados, confesso. Todos, sem excepção. E as longas escadas do Santiago O Alquimista não facilitaram. O Bar é lindíssimo e situa-se quase paredes meias com Castelo de São Jorge. Oxalá resista ao Inverno e à vontade camarária de cortar tudo o que é acesso ao que quer que seja.
Depois de um repasto “vagamente” Indiano, iniciamos o que foi, para mim, um dos melhores concertos desta “Tour”. O som estava bom, as pessoas estavam presentes com a devoção dos melhores momentos, o DJ Hugo Moutinho recriou várias formas de bem-estar (foi bom ouvir o “Mercy Seat” na voz de Johnny Cash e Elliot Smith em jeito de meu pedido pessoal- entretanto, alguns dias depois soube-se da morte de Elliot Smith em circunstâncias aparentemente não ligadas ao envelhecimento “tipo Cash”; porque é que tem sido assim ultimamente com aqueles que mais ouço?). Imediatamente antes da nossa entrada em palco ao som da banda–sonora (“Paris, Texas”) em que Ry Cooder nos mergulha no melhor ambiente que alguma vez criou, sentia-se já a nostalgia e o nervosismo do que se encara como derradeiro. O concerto começa com “On the Dawn of a Title” e sinto que as pessoas estão lá para ouvir. Isso já é meio caminho para nos sentirmos felizes. Acabamos com “Another One” e não há mais.
Acabou. As escadas continuam lá e desta vez são a subir. Voltamos para o Porto e não deixo de pensar que muita coisa terá mudado para nós na sequência desta “Tour”. Oxalá parece-me um bonito remate.

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